Tuesday, September 11, 2007

Mais - toda hora

Infelizmente....

Saiu na edição de 08/09/2007 no Jornal Nacional



A juíza investigada por envolvimento com um traficante colombiano foi promovida e assumiu, nesta segunda-feira, um novo cargo, em Salvador. A denúncia da ligação entre Olga Regina e Gustavo Bautista foi ao ar, com exclusividade, no Jornal Nacional de sábado.

A juíza Olga Regina Guimarães assinou sua promoção e sua transferência para Salvador. A posse foi na manhã desta segunda-feira, no Tribunal de Justiça da Bahia.

O mesmo tribunal abriu na semana passada um processo para apurar o suposto envolvimento da juíza com o traficante colombiano Gustavo Duran Bautista. Ele foi preso no Uruguai, em agosto, com 500 quilos de cocaína. A droga era do cartel de um outro colombiano preso, Juan Carlos Abadia.

Em 2001, a Polícia Federal já tinha prendido Gustavo Bautista por tráfico de drogas em Juazeiro, na Bahia. Na fazenda do colombiano, foram encontradas caixas de frutas com fundo falso para esconder a cocaína. A Polícia Federal acusou Bautista de mandar para a Europa cinco toneladas da droga. Apesar de todas as evidências, em 2002, Bautista foi absolvido pela juíza Olga Regina.

Segundo as investigações, a juíza, o marido dela e o colombiano mantiveram contatos até junho deste ano. Em um telefonema gravado com autorização da Justiça, o marido da juíza, Baldoíno Santana chegou a sugerir a compra de um hotel em morro de São Paulo, litoral baiano, por U$ 500 mil. O traficante disse que é melhor deixar para janeiro ou fevereiro, quando entra o dinheiro da safra.

Em outro telefonema, a juíza Olga Regina informa a Gustavo que esteve na Polícia Federal e que está tudo ok com as fichas de antecedentes do traficante. Ele, então, promete fazer um depósito bancário no dia seguinte. Dias depois, Bautista liga e avisa a Baldoíno que só conseguiu depositar R$ 14,8 mil porque estava meio apertado. O dinheiro, segundo a Polícia Federal, foi depositado em uma conta de uma agência do Banco do Brasil, em Salvador.

O telefone da juíza, alvo da escuta autorizada, está em nome da Associação de Magistrados da Bahia. Mas a associação afirma que a juíza não faz mais parte da entidade desde junho.


O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, o desembargador Benito Figueiredo, reconheceu, nesta segunda-feira, que as denúncias contra a juíza Olga Regina são graves, mas garantiu que, por enquanto, ela vai permanecer no cargo.

O processo que vai apurar o envolvimento de Olga Regina com o traficante colombiano vai correr em segredo de Justiça. Logo depois da posse, a juíza negou envolvimento com o traficante.

“O advogado está aqui e vai falar. Eu sou inocente, com certeza”, afirmou a juíza Olga Regina Guimarães.

“Ela não tem nenhum envolvimento com o traficante Gustavo Duran. Não há nenhum ato de indignidade praticado pela juíza Olga e isso é uma apenas questão de tempo”, disse o advogado da juíza.

O marido da juíza, que assistiu à posse, saiu sem dar entrevista. Até agora, as investigações identificaram três pagamentos em dinheiro do traficante para o casal.


http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1630413-3586-729330,00.html


Pior que o executivo corrupto, pior que o legislativo corrupto, é o judiciário corrupto.

Sendo o judiciário a ultima trincheira, podemos dizer:

Ta tudo dominado!

Sunday, April 22, 2007

Precisa comentário?

21.04.2007

STF liberta três presos


http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1522577-3586-667828,00.html


A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de 21 envolvidos na máfia do jogo ilegal. Ao mesmo tempo, o Supremo Tribunal Federal libertou os magistrados e o procurador presos na Operação Furacão.

A ordem chegou no meio da tarde à Superintendência da Polícia Federal. O presidente do inquérito, ministro Cesar Peluzo, mandou soltar todos os que têm foro privilegiado, ou seja, os integrantes do Judiciário. Entre eles, está o desembargador Carreira Alvim que, segundo a Polícia Federal, teria recebido R$ 1 milhão em troca de uma liminar favorável aos Bingos. O desembargador José Ricardo Regueira e o procurador Regional da República, João Sérgio Leal Pereira, apontados como beneficiários de propinas da quadrilha que comprava decisões judiciais, também estão entre os beneficiados.

O ministro Cesar Peluzo mandou soltar, também, outro acusado de vender sentenças, o juiz do TRT de Campinas, Ernesto Dória, mas ele vai continuar na prisão porque foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas.

Todos foram denunciados por formação de quadrilha e corrupção. Os outros 21 acusados de fazer parte da quadrilha tiveram a prisão preventiva decretada e podem ficar na prisão até o julgamento. Entre eles, os contraventores acusados de chefiar a quadrilha: o presidente da Liga das Escolas de Samba, Ailton Guimarães, o Capitão Guimarães; o presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abraão, o Anísio e o Antônio Petrus Kalil, o Turcão. Ele foi levado hoje para o Hospital das Forças Armadas para exames médicos.

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, queria que todos os que têm foro privilegiado continuassem presos e pediu, ainda, a prisão preventiva do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, o que foi negado pelo ministro Cesar Peluzo. O procurador ofereceu denúncia contra Medina, para que ele seja processado por formação de quadrilha, corrupção passiva e usar o cargo em benefício próprio.

Segundo a polícia, Medina teria pedido R$ 1 milhão em troca de uma liminar liberando máquinas caça-níqueis. O intermediário da negociação teria sido o irmão, Virgílio Medina, que vai continuar na cadeia.

Para a OAB do Rio, o ministro Cezar Peluzo mandou soltar os magistrados e o procurador por achar que eles não iriam atrapalhar as investigações. Mas questionou a decisão de desmembrar o inquérito.

“Se formavam uma quadrilha, se praticaram o mesmo crime, por que houve esse desmembramento? Eu não consigo entender isso. De fato, pode soar como cooperativismo, porque não haveria porque desmembrar esse processo”, diz o presidente da OAB/RJ, Waldih Damous.


Comentario do Fred

Precisa comentário?

Não estou falando nada.

Mas que voce esta certo ta.

Thursday, April 19, 2007

Normal 2

13.04.2007

Presos suspeitos por jogos ilegais

Jornal Nacional - TVGLOBO


http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1516667-3586-664839,00.html

A Polícia Federal prendeu hoje 25 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que explorava jogos ilegais. As investigações revelam um grande esquema de corrupção, considerado pelos policiais como um dos maiores do país.

Agentes federais fortemente armados fizeram prisões em alguns dos endereços mais luxuosos do Rio: na Barra da Tijuca e em Copacabana.

A Operação Furacão foi comandada por delegados de Brasília e 300 agentes que vieram de estados do Sul. Eles usaram carros alugados com localizadores de ruas por satélite porque não conheciam a cidade. Tudo para evitar vazamento de informação.

Ao todo foram 25 prisões. Entre os presos estão os contraventores Anísio Abrahão David, presidente de honra da escola de samba campeã desse ano, Beija-flor de Nilópolis; Antônio Petrus Kalil, o ‘turcão’, e Ailton Jorge Guimarães, conhecido como ‘capitão Guimarães’, presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio.

Em 1993, os três e outros contraventores foram condenados a seis anos de prisão por formação de quadrilha. Três anos depois, favorecidos por liberdade condicional ou indultos, todos estavam soltos.

Na operação de hoje também foram presos três desembargadores: o ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal, José Eduardo Carreira Alvim, que já foi diretor da Escola de Magistratura e autor de diversos livros de direito; José Ricardo de Siqueira Regueira, também do Tribunal Regional do Rio e Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

E mais o procurador regional da República no Rio, João Sérgio Leal Pereira e ainda o presidente da Associação dos Bingos do Estado do Rio, Paulo Roberto Ferreira Lino.

A lista também inclui dois delegados da Polícia Federal e advogados. Os suspeitos vão responder por vários crimes, entre eles exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influências e receptação.

Além das prisões, os agentes federais também cumpriram 70 mandados de busca e apreensão e foram tantos carros esportivos e importados apreendidos na casa dos contraventores que uma parte do cais porto do Rio teve que ser requisitada pela polícia e foi transformada num estacionamento de carros luxo. Agora, todos eles vão ficar agora à disposição da Justiça.

Lado a lado, um patrimônio a avaliado em mais de R$ 3 milhões. A quantidade de dinheiro apreendida foi tão grande que a polícia teve que usar um carro-forte para transportar as cédulas. O valor ainda não foi divulgado.

Normal 1

Juízes facilitavam a corrupção

Matéria do Jornal Nacional - TVGLOBO

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1516677-3586-664842,00.html

Segundo a polícia, a quadrilha montou uma rede de corrupção e de tráfico de influência para que pudesse agir livremente.

O jogo de azar, proibido no Brasil, é evidente em cada esquina.

“Nunca! Aqui não tem jeito de ganhar”, diz um cidadão.

Outro cidadão: “Se é proibido, por que as máquinas estão aqui?”

Porque quem explora o jogo consegue liminares na Justiça.

Decisões polêmicas de juízes que transformam máquinas de jogo de azar em inocentes videogames.

Com cópias das decisões coladas nos caça-níqueis, a lei é atropelada e as apostas, liberadas.

As prisões feitas hoje pela Polícia Federal sugerem a participação de pelo menos três desembargadores da Justiça Federal e de um procurador da República num esquema de favorecimento de quadrilhas que exploravam o jogo livremente.

Um dos desembargadores presos, José Eduardo Carreira Alvim, que até ontem era vice-presidente do Tribunal Regional Federal no Rio, liberou em junho do ano passado 900 máquinas de caça-níquel apreendidas pela polícia, em Niterói, região metropolitana do Rio.

“Essa organização criminosa na realidade ela montou uma rede de corrupção e de tráfico de influência para que ela pudesse continuar a desenvolver a sua atividade criminosa tranqüilamente”, diz Renato Porciúncula, diretor de Inteligência da Polícia Federal.

A investigação descobriu também que a quadrilha contava com a proteção de policiais federais que são acusados de ganhar dinheiro para repassar informações sobre operações e até de colaborar na guerra entre quadrilhas que exploram o jogo no Rio.

“Alguns ganhavam da corrupção para atacar determinados grupos em detrimento de outros”, afirma Derci Carlos Teixeira, Superintendente da Polícia Federal no Rio.

Para chegar à quadrilha, a Polícia Federal teve que fazer uma manobra. Como as liminares legalizavam as máquinas, os agentes decidiram investigar as peças que fazem o caça-níquel funcionar. Constataram contrabando de componentes eletrônicos. Ao continuar a investigação, descobriram ainda vários outros crimes.

Foi nessa fase da investigação que os agentes descobriram o envolvimento de autoridades. Os acusados presos no Rio, inclusive os desembargadores e o procurador da República, serão transferidos para Brasília.

Normal

PF quer evitar que acusados na Operação Furacão destruam provas

Matéria do Jornal Nacional - TVGLOBO

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1520388-3586-666674,00.html


A Polícia Federal vai pedir a prisão preventiva dos 25 acusados de envolvimento com a máfia do jogo ilegal. A prisão temporária deles foi prorrogada ontem por mais cinco dias.

O esquema de corrupção de magistrados, delegados de polícia e de outros funcionários públicos dava sustentação às atividades da quadrilha.

Para evitar saques e remessas de dinheiro, a polícia pediu o bloqueio das contas dos presos na Operação Furacão e quer a prisão preventiva - mais longa - de todos os acusados, para que eles não possam destruir provas.

Segundo a polícia, Antônio Petrus Kalil, o “Turcão”, o presidente da Liga das Escolas de Samba, Ailton Guimarães, o “capitão Guimarães”, e o presidente da Beija-flor, Aniz Abraão Davi, o “Anísio”, são os chefes da quadrilha, chamados pela organização criminosa de “tios”. São eles que decidem quem pode abrir casas de bingo e operar com máquinas caça-níqueis.

Os intermediários: lobistas, policiais e advogados, como Virgílio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina.

E no terceiro nível da organização, desembargadores e juízes que têm a função de limpar o caminho dos criminosos na justiça. Entre os citados pela Polícia Federal estão o ministro do STJ Paulo Medina, desembargadores do Rio de Janeiro Carreira Alvim e Rigardo Regueira e o juiz do TRT de Campinas, Ernesto Dória.

Em uma gravação telefônica, conseguida com uma fonte do Rio de Janeiro, o desembargador Carreira Alvim negocia com um advogado.

Segundo a Polícia Federal, o genro do desembargador recebeu um carro como parte do pagamento de uma decisão judicial favorável à quadrilha, mas o desembargador Carreira Alvim deixou claro como queria a parte dele.

“Aqui, aquela idéia sua... a parte é em dinheiro, tá?”, ouve-se Carreira Alvim na gravação.

Um dos focos da investigação foi o ministro do STJ, Paulo Medina. Para os investigadores, foi ele quem pediu R$ 1 milhão para a organização criminosa em troca de uma liminar liberando máquinas caça-níqueis. O irmão dele, Virgílio Medina, teria sido o intermediário na negociação.

Numa gravação, Virgílio conversa com o advogado Sérgio Luzio. Os dois estão entre os 25 presos.

Virgílio Medina: o valor que eu estou estimulando pra causa é R$ 1 milhão.

Sergio Luzio: Hum... Hum... Perfeito.

Virgílio Medina: Entendeu? Pra gente falar nos mesmos valores.

Sergio Luzio: Entendi. Tá ótimo.

Virgílio Medina: Entendeu? Vai ter um percentual de 20% de honorários na frente.

Sergio Luzio: Hã-hã.

Virgílio Medina: Outros 80%. Tem coisa que a gente tem que discutir que tem que ser bom pra todo mundo.

Sergio Luzio: É lógico.

O advogado do ministro nega o envolvimento de Paulo Medina.

“O ministro desconhecia que estava sendo feito, se é que estava sendo feito, qualquer ‘tratativa’ de processo que estava sob sua ‘relatoria’”, afirma Antônio Carlos de Almeida.

Segundo a polícia, a organização criminosa teria atuado na última eleição, com doações para a deputada federal Marina Maggesi, inspetora da Polícia Civil do Rio. A corregedoria da Câmara vai investigar a denúncia. A deputada disse que não recebeu dinheiro de contraventores.

No mês passado, a organização também teria tentado se aproximar de parlamentares para conseguir a aprovação de projetos favoráveis ao jogo ilegal.

O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, determinou abertura de inquérito policial para apurar o vazamento de informações sobre a Operação Furacão. O ministro ressalta que foi com surpresa que, depois de ter autorizado o acesso dos advogados ao inquérito, viu notícias em toda a imprensa com trechos de gravações telefônicas. A investigação será feita pela Polícia Federal.

Tuesday, December 19, 2006

Nossa Justiça. Nossa???????????

Wednesday, April 26, 2006

?????????????

21.04.2006

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1182698-3586,00.html

Superior Tribunal de Justiça concede habeas corpus a Flávio Maluf, que viaja aos Estados Unidos

O Superior Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus a Flávio Maluf - e determinou a devolução do passaporte dele.

O filho do ex-prefeito Paulo Maluf vai fazer uma viagem de negócios aos Estados Unidos. Flávio responde, em liberdade, pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha. Por este motivo, o passaporte tinha sido recolhido.

O documento deverá ser devolvido à Justiça 24 horas após o retorno ao Brasil, previsto para 5 de maio.

Nota do Fred

Sei não.

Você é que tá pensando

Sistema? Judiciário?

24.04.2006

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1183933-3586,00.html

STJ reconsidera decisão e remarca julgamento de Antônio Pimenta

O Superior Tribunal de Justiça reconsiderou uma decisão anterior e remarcou o julgamento do jornalista Antônio Pimenta Neves para o dia três de maio.

Pimenta Neves é réu confesso. Matou a namorada, a também jornalista Sandra Gomide com dois tiros, em agosto de 2000. No mês passado, uma liminar do STJ tinha suspendido o julgamento indefinidamente.

Nota do Fred

6 anos de impunidade.

Vai ver que o sistema ta com pena dele, que nem ficaram com o Maluf



Thursday, January 19, 2006

Ética?

18.01.2006

Novos pedidos de liminar contra a demissão de parentes foram julgados no TJ do Rio

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1111670-3586,00.html

Na sexta-feira o Jornal Nacional mostrou a ação de desembargadores do Rio contra a demissão de parentes. Depois disso, novos pedidos de liminar foram julgados no Tribunal de Justiça do Estado - todos impedindo as demissões.
Os desembargadores correm contra o tempo. Daqui a 27 dias, os parentes contratados por eles deveriam ser demitidos.
É o que diz o Conselho Nacional de Justiça, que baixou uma portaria no ano passado para acabar com o nepotismo no poder Judiciário.
Para manter os parentes no cargo,
os desembargadores estão entrando com novos pedidos de liminar, que estão sendo julgados pelos próprios colegas.
Em um mandado de segurança concedido hoje, o desembargador Sergio de Souza Verani deu a liminar para 33 pessoas, entre elas dez desembargadores. Em outro documento pedido é feito por Irlene Meira Cavalieri, mulher do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Sergio Cavalieri. O caso ainda não foi julgado.
O desembargador Sergio Cavalieri, não quis gravar entrevista, mas disse que a mulher trabalha há mais de 30 anos com ele e que tem direito de entrar com o recurso. O presidente afirmou que se ela não conseguir a liminar, será exonerada.
Dos 40 pedidos de liminar, 29 foram concedidos até agora. As decisões beneficiam 133 pessoas, entre elas desembargadores e parentes deles. Estes parentes, por enquanto, estão com os empregos garantidos no Tribunal de Justiça do Rio.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, disse que os desembargadores do Rio não têm competência para julgar as ações.
“Decisão de autoridade incompetente é nula. E a competência para desconstituir os efeitos dessa resolução no Conselho Nacional de Justiça é do Supremo Tribunal Federal”, disse Edson Vidigal.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Nélson Jobim, disse que recorrer à justiça faz parte da democracia e apontou uma data para a questão ser definida.
“Eu espero resolver isso em fevereiro ou março, essas ações possam ser julgadas e o problema ser revolvido definitivamente”, falou ele.
O desembargador Sérgio Verani não foi encontrado para falar sobre a liminar que concedeu, beneficiando 33 pessoas.

Nota do Fred

É espantoso como a ética não tem valor no Brasil. A declaração do sr. Nelsom Jobim dá bem uma boa visão deste fato.

Banalizar questões de interesse público, colocar os interesses pessoais acima do interesse da nação não incomoda nem mesmo quem mais deveria estar preocupado com eles.

Aceitar que desembargadores julguem algo que não tem competência para julgar. que julguem em interesse próprio, no mínimo é banalizar a ética.

E se a ética, que é a condição mínima que um juiz deve ter, é banalizada pelo Presidente do STF, o que podemos esperar da justiça brasileira?

O que podemos esperar para o nosso país?

Saturday, January 14, 2006

Você acha que quem age assim tem moral para julgar alguém?

13.01.2006

A favor do nepotismo

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1107855-3586-402363,00.html

Desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio já concederam liminares a colegas, garantindo o emprego de parentes.
Cada desembargador do Tribunal de Justiça do Rio tem direito a empregar quatro funcionários. O Tribunal não informa os salários, mas especialistas da área jurídica dizem que os vencimentos podem chegar a R$ 4 mil, em média.
O Conselho Nacional de Justiça baixou uma resolução, no ano passado, para acabar com o nepotismo no poder Judiciário. Ficou proibida a contratação de parentes de até terceiro grau. Só parentes concursados podem continuar trabalhando. Os outros têm que ser demitidos até o dia 14 de fevereiro. A lei vale para tribunais de todo o país.
Mas desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio querem evitar a demissão de parentes que foram contratados. Eles entraram com pedidos de liminares. As ações estão sendo julgadas pelos próprios colegas.
O desembargador Silvio Teixeira foi o relator que concedeu o maior número de liminares. Quatro até agora: três pedidas por outros desembargadores e uma por parentes de desembargadores.
O desembargador Silvio Teixeira disse que a resolução do Conselho de Justiça é inconstitucional e que, por isso, o Tribunal de Justiça não é obrigado a obedecer a determinação.
O Tribunal de Justiça do Rio tem 160 desembargadores, que trabalham em câmaras cíveis e criminais – 25 deles compõem o órgão especial, que é a instância máxima do Tribunal.
Um dos pedidos de liminar foi feito pela desembargadora Valéria Maron, que é do órgão especial. A liminar foi concedida pelo desembargador Sylvio Capanema, que é do mesmo órgão.
Os desembargadores Valéria Maron e Sylvio Capanema não quiseram se manifestar.
Para garantir o emprego dos parentes, os desembargadores do Tribunal de Justiça já entraram com 23 liminares, 21 foram concedidas até o fim da tarde de hoje.
Numa delas, um dos desembargadores justifica: “Face a possibilidade de dano irreparável contra direitos dos impetrantes, defiro a liminar”.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil considera que as liminares violam a resolução do Conselho Nacional de Justiça.
“Aqueles que reagem em relação ao nepotismo estão na contramão da história. E tenho certeza que as liminares serão derrubadas nos tribunais superiores de Brasília”, disse Roberto Busato, presidente da OAB.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Édson Vidigal, disse que o nepotismo é uma prática imoral.
“Qualquer ação envolvendo dinheiro público entre agentes públicos para dar uma arrumadinha, um ajeitamento em algo que pode estar fora de ordem é condenável, é mais que condenável, é execrável”, falou ele.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Sérgio Cavallieri, disse que é parte do processo e, por isso, não vai comentar o assunto.
O advogado Alexandre de Moraes, integrante do Conselho Nacional de Justiça, disse que os tribunais estão tentando ganhar tempo com os pedidos de liminares. De acordo com ele, os tribunais não têm competência para julgar processos de nepotismo.


Nota do Fred

Você vai se tocar quando?

A que ponto chegamos!

13.01.2006

Divulgado o laudo

http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1107876-3586-402366,00.html

Laudo divulgado hoje pelo IML de Belém atesta que uma juíza aposentada, Ana Teresa Murrieta, não sofre de insanidade mental. Ela é acusada de ter sacado milhões de reais de contas da Justiça.
As investigações revelaram que ela costumava passar em uma agência bancária de Belém, para ficar com o dinheiro depositado em processos judiciais.
O marido de uma aposentada morreu sem receber os R$ 80 mil que ganhou na Justiça de um plano de saúde para pagar o tratamento contra o câncer. Quando foi ao banco, descobriu que a juíza já havia retirado o dinheiro.
“É uma decepção muito grande para nós cidadãos”, diz a aposentada.
Segundo o Ministério Público, entre 1996 e 2000, a juíza da primeira vara cível fez, ilegalmente, mais de 200 saques em contas judiciais e embolsou cerca de R$ 3 milhões. Em depoimento, funcionários do banco disseram que a própria juíza passava no caixa para receber o dinheiro.
Ana Teresa Murrieta nega as acusações. A única vez que falou sobre o caso foi em dezembro do ano passado.
“Eu não tenho dinheiro de contas judiciais, não estou fora de si e não fiz isso”, declarou ela em 18/11/2005.
A defesa chegou a alegar que a juíza teria problemas mentais e pediu exames. Se fosse considerada insana, ela poderia escapar da prisão, mesmo que condenada.
Hoje saiu o resultado. Segundo o IML na época em que os saques foram feitos, Ana Teresa era "plenamente capaz de entender o caráter delituoso dos fatos". "Nós não podemos manifestar qualquer ponto de visto técnico enquanto não tivermos a integralidade desse laudo", disse Valério Guimarães, advogado.
A juíza agora pode pegar até 23 anos de cadeia.